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Vôlei feminino dá um passo para a Olimpíada. Mas falta muito ainda
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Menon

cubacopavoleiO vôlei cubano, de tantas glórias, vive um péssimo momento. As equipes feminina e masculina nem se classificaram para a Olimpíada de Londres. A principal causa é a ausência dos grandes jogadores, espalhados por ligas profissionais de todo o mundo e fora da seleção. Para 2016, as perspectivas são ruins novamente. Mas, no feminino, surgiu uma pequena luz no fim do túnel.

A Olimpíada é reservada para 12 países. O Brasil, como sede, já tem sua vaga garantida. As outras 11 são destinadas aos campeões dos cinco continentes, aos quatro primeiros de um Pré Olimpico Mundial e aos dois primeiros da Copa do Mundo, a ser realizada no Japão, em agosto.

A seleção feminina conseguiu classificar-se, à duras penas para a Copa do Mundo. Ficou em segundo lugar em um torneio classificatório realizado em Havana. A vaga veio de forma dramática. Na primeira rodada, Cuba perdeu para Porto Rico por 3 a 1 e República Dominicana venceu Canadá, também por 3 a 1. Na segunda rodada, Cuba ganhou de Canadá por 3 a 1 e República Dominicana ganhou de Porto Rico por 3 a 0.

Na rodada decisiva, Porto Rico ganhou de Canadá por 3 a 0. Faltava então a partida República Dominicana contra Cuba. As dominicanas, grandes favoritas, precisavam vencer um set para ficar com a vaga. E conseguiram, logo de saída, com um 25 a 22. Houve, então, uma reação cubana e um relaxamento dominicano. Cuba ganhou os três últimos sets por 25 a 18, 25 a 13 e 25 a 23. Se as dominicanas vencessem mais um set, as porto-riquenhas ficariam com a vaga.

Houve acusações, da deleção de Porto Rico, de que a República Dominicana houvesse entregado o jogo para levar Cuba, mais fraca, à Copa do Mundo. Dizem que as dominicanas gostam de escolher adversários e não se envergonham de entregar jogos para conseguir um caminho mais tranquilo à frente.

Os jornalistas cubanos saudaram a classificação, mesmo apontando o estranho relaxamento dominicano. E apontam o primeiro set parelho (25 a 22 para as dominicanas), como prova de desenvolvimento cubano. Além disso, saúdam o bom desempenho de jogadoras como Sulian Matienzo e da espetacular adolescente Melissa Vargas, apontada como melhor jogadora da competição.

Cuba, enfim, volta a Copa do Mundo, depois de ausentar-se em 2011. Classificar-se para a Olimpíada, é outra conversa. Torcedores, através dos sites dos jornais, pedem a volta de jogadoras que deixaram a seleção. Pedem agilidade dos dirigentes. Não há nada concreto ainda. Há pouco tempo, um dirigente disse que atletas que abandonaram delegações cubanas durante competições fora do país nunca serão aceitos. São considerados desertores por deixarem companheiros em má situação.

Outros, que pediram baixa, cumpriam o período de dois anos de ausência e se transferiram para ligas competitivas, poderão voltar. Quando? Ninguém sabe.

 

 

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