Melissa Vargas faz 30 pontos e leva Cuba à semifinal
Menon
Uma partida memorável da adolescente Melissa Vargas – 15 anos – ajudou Cuba a derrotar Porto Rico por 3 x2 (25-19, 23-25, 29-27, 23-25 y 16-14) e chegar à semifinal da Copa Panamericana de Vôlei, algo que não ocorria desde 2012, quando ficou com o bronze. Agora, Cuba enfrenta os Estados Unidos, favoritos, enquanto República Dominicana e Argentina fazem a outra semifinal. O Brasil, com seu time sub-18, ficou em sétimo.
Melissa marcou 30 pontos. Cinco deles foram aces, alcançando um total de 25 em seis partidas, alcançando o recorde da mexicana Ana Mercado, conseguido em 2005. O bloqueio cubano, com 19 pontos, foi outro fator importante na conquista da vitória. Foi uma vitória muito comemorada, pois Cuba havia sido derrotada por Porto Rico nos três últimos encontros: Campeonato Mundial, Jogos Centroamericanos e do Caribe e Final Four, mês passado em Havana.
A Copa Panamericana é classificatória para o Grand Prix do ano que vem. A equipe mais bem classificada da América do Sul – foi a Argentina – fica com a vaga para o nível 1. O mesmo prêmio é reservado para a melhor da Norceca, possivelmente a República Dominicana. As seleções classificadas do segundo ao quinto posto da Norceca, vão para o nível 2. Provavelmente serão Estados Unidos, Cuba, Canadá e Porto Rico.
Enfim, já é um avanço para as cubanas, que em 2015, disputarão o nível 3 do Grand Prix. A competição se inicia no próximo final de semana, no Casaquistão, contra as anfitriãs, as argelinas e as australianas. Uma semana depois, os jogos serão no Peru, contra Casaquistão, Peru e Colômbia.
O calendário continua intenso. Há boas possibilidades de se chegar à final, na Austrália, de 10 a 12 de julho. Seria uma boa preparação para o Pan de Toronto, de 16 a 26 de julho. Cuba está no Grupo A, com Canadá, Argentina e Dominicana.
O passo seguinte é o mais importante e também o mais difícil. Disputará a Copa do Mundo do Japão, de 22 de agosto a 5 de setembro. A competição dá duas vagas para a Olimpíada do Rio, mas a intenção das cubanas é apenas ganhar experiência diante das melhores do mundo. Em seguida, de 11 a 20 de setembro, haverá o Mundial sub-20 em Porto Rico.
As competições são muito importantes para uma seleção que praticamente não joga em seu país. O campeonato cubano tem apenas quatro times, muito distante de uma liga forte como a brasileira.
O técnico Roberto Garcia decidirá em quais campeonatos escalará Melissa Vargas. Ela tem idade para estar em todos, mas a ideia é evitar um desgaste muito grande para a garota.
Cuba vai acumulando pequenas alegrias, como vencer Porto Rico e a seleção sub-18 do Brasil, ambas no tie-break, com 16 a 14. Muito pouco, mas são passos corretos. Afinal a seleção principal de Cuba tem quatro jogadoras sub-18. A meta é voltar à uma Olimpíada. Em 2020. No Rio, somente se houver um improvável retorno das jogadoras que atuam em ligas estrangeiras.
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