Apesar dos resultados fracos da seleção nacional, o futebol é um esporte que ganha seguidores em Cuba. Noticias sobre a Liga dos Campeões são constantes nos jornais da Ilha. E há uma expectativa muito grande na Ilha com a chegada do Cosmos de Nova York, que enfrentará a seleção cubana nesta terça, no estádio Pedro Marrero (foto) em Havana.

É jogo que faz parte da tentativa de aproximação entre os dois países. Serve também como preparação para a partida contra Curacao, a primeira na grande luta para se chegar à Copa de 2018.

A expectativa é muito grande na população cubana. Para um país fechado, receber a presença de Raul, ainda o maior artilheiro da história do Real Madrid, e de Pelé, que acompanha a delegação não coisa comum.

Mas, se a festa é grande, a situação da seleção cubana é de crise. Quatro jogadores – os volantes Yordan Santa Cruz e Tomás Cruz, o zagueiro Renay Malblanche e o atacante Yoandir Puga – cometeram “disciplinas graves e imperdoáveis”, conforme René Perez, responsável pelo futebol cubano. O que seria isso. “Fomos denunciados e detidos na Jamaica por atentar contra a ordem pública. Umas garotas jamaicanas nos denunciaram”, disse Tomás Cruz ao site Oncubamagazine.

Os jogadores foram punidos de dois a quatro anos.

O treinador Walter Benítez perdeu o cargo. Foi substituído por Raúl González Triana, treinador que já esteve à frente da federação por várias vezes.

Mas a crise não para.

Quatro dias após a nomeação, Triana foi suspenso pela Concacaf por haver dirigido insultos racistas a um árbitro durante os Jogos Centroamericanos e do Caribe, em novembro, no México. A pena é de cinco jogos e ainda há uma multa em dinheiro.

Falta muito ainda para o futebol cubano atingir um nível de organização à altura da paixão que o futebol já desperta na Ilha