Cuba Sem Barreiras

Arquivo : Daiaris Mestre

Vanesa Godinez, 17 anos, é a nova esperança do judô cubano
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Menon

vanesaO Open de Arlon, na Bélgica, exclusivo para mulheres, não é muito importante. Em seu primeiro dia, reservado a atletas com menos de 21 anos, serve para mostrar revelações. O segundo dia é uma espécie de aquecimento para o Grand Slam de Paris, marcado para dia 11 de fevereiro.

O judô cubano acredita que o Open de Arlon será marcado como aquele que marcou o início da carreira de Vanesa Godinez, que completa (foto), 18 anos em agosto. Considerada, ao lado de Melisa Hurtado, como as grandes futuras judocas da ilha, ela ficou em terceiro lugar no primeiro dia e foi campeã no segundo. No domingo, venceu a japonesa Aoi Ogura, que a havia eliminado no sábado.

Vanesa ganhou o premio de atleta mais técnica da competição, em todas as categorias. É o seu segundo título importante. Em 2015, foi campeã pan-americana no Canadá, mas na categoria 44 quilos, que não é olímpica.

Agora, ela assume a categoria 48 quilos, que era defendida por Daiaris Mestre, judoca que conseguiu vitórias sobre Sarah Menezes e Paula Pareto, as duas últimas campeãs olímpicas, mas que nunca esteve à altura de um pódio olimpico. Foi campeã pan-americana em Edmonton.

Para ser a primeira figura de Cuba na categoria, Vanesa superou Melissa Hurtado, tambem revelação e apenas um ano mais velha. Melissa Hurtado foi medalha de bronze no GP de Havana, no ano passado. Está em 71ª lugar no ranking mundial, em que Vanesa nem aparece.

Os treinadores cubanos optaram por sua presença na categoria 52 quilos, que agora recebe a campeã Sarah Menezes. Ela ainda não é a principal figura cubana. No Open de Arlon, estava Aliuska Ojeda, que ficou apenas em sétimo lugar. Melisa ainda tem a concorrência de Greter Romero e de Yanet Bermoy, medalha de prata em Pequim-08 e Londres-12, que ficou fora do Rio-16 por estar grávida.

Cuba ganhou ouro também com Kaliema Antormachi, de 78 quilos, que volta a ser a número um de Cuba, após a retirada de Yelenis Castilo, medalha de prata em Pequim. Kaliema, de 29 anos, foi bronze no Mundial do Rio-13.

Em Visé, também na Bélgica, Alex Garcia foi campeão na categoria acima de 100 quilos. Com 23 anos e quinto colocado na Rio-16, ele pode subir muito neste ciclo olímpico, mas a categoria tem teto. O nome dele é Teddy Rhiner, o francês imbatível. Jose Armenteros foi prata na categoria até 100 quilos e Magdiel Estrada, na categoria 73 quilos, foi apenas sétimo.

Os seis cubanos estarão no Grand Slam de Paris no próximo final de semana.


Ouro deixa Castillo mais perto do Rio-16
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Menon

CASTILLOYalennis Castillo venceu o Open de Roma, no final de semana. A judoca cubana chegou ao título com quatro vitórias seguidas, as três primeiras por ippon e a ultima, contra a italiana Assunta Galeone, 18 no ranking, por yuko. Conseguiu 100 pontos no ranking mundial e se aproximou de uma classificação direta para o Rio-16.

É o melhor resultado de Castillo nos últimos tempos, embora o quinto lugar no GP de Havana tenha lhe garantido 120 pontos.

Yalennis surgiu para o judô competitivo em 2007, quando foi chamada às pressas para ocupar o lugar da multicampeã Laborde, que havia desertado. Ela assumiu o posto e chegou à medalha de prata na Olimpíada de Pequim, 2008.

Depois, houve contusões que impediram um bom desenvolvimento na carreira. Foi medalha de bronze nos Pans de Guadalajara-11 e Montreal-15. Não participou da Olimpíada de Londres.

A busca de pontos para o Rio-16 teve ainda as conquistas do bronze para Idalis Ortiz, em Roma. Ela é campeã olímpica e terceira no ranking atual. Conseguirá a vaga, sem dúvidas. Daiaris Mestre (48) e Maricet Espinoza (63), quintas colocadas também caminham para a vaga. Onix Cortez, dos 70 quilos, derrotada na primeira luta, tem a missão muito dura.

Em Oberwart, na Áustria, Jose Armenteros foi bronze nos 100 quilos e Alex Garcia, quinto na categoria acima de 100 quilos. Asley Gonzales, dos 90 quilos, o maior nome masculino do judô cubano, voltou a sentir problemas no ombro direito e não competiu.


Judô tem dois ouros, uma prata, dois bronzes e interrogações
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Menon

asley-08-580x430O resultado do GP de Havana foi bom para Cuba. Idalis Ortiz (>78) e Asley Gonzales (90) quilos (foto) ficaram com medalha de ouro. Maricet Espinoza (63) foi prata e os bronzes ficaram com Daiaris Mestre (48) e Alexis Garcia (acima de 100 quilos).

À primeira vista, ótimos resultados. Cuba ficou em segundo lugar, superada apenas pela Rússia, que conseguiu três ouros. Mas uma segunda visão deixa a festa menos completa. E tem a ver com falta de dinheiro

O judô cubano viaja pouco. Tem pouca participação nas competições internacionais. O que deixa os judocas subavaliados no ranking. E 2016 é ano de Olimpíada. A classificação direta é para as 14 judocas mais bem classificadas e para os 22 homens mais bem classificadas. O restante das vagas fica por conta das cotas continentais. Cada país tem direito a duas.

Neste contexto, o GP de Havana seria fundamental para a melhora de pontos, para que judocas conseguissem subir no ranking.

Mas quem ganhou foi quem já estava com vaga garantida. O título servirá para que Ortiz, campeã olímpica e bimundia, e Asley, prata olímpica e campeão mundial, consigam um chaveamento melhor na Olimpíada, mas não ajudou muito quem precisava. Magdiel Estrada, Ivan Silva, Onix Cortes ganharam pouco ou nada. Yandri Torres viu suas esperanças terminarem antes mesmo do início das lutas. Seu irmão gêmeo morreu no dia da sua luta e ele ficou ausente.

Armenteros, que também está bem colocado, foi muito mal.

Quem ganhou pontos importantes?

Maricet Espinoza ficou com 18o a mais e se aproximou da linha de corte. Daiaris Mestre, com 120, entrou no ranking e abre vaga para algum colega entrar pelas cotas. Alexis Garcia, com 60 pontos, conseguiu sua primeira conquista em competições internacionais. É uma revelação que teve suas esperanças renovadas.

Em abril, Cuba será sede do Pan Americano de Judô. Um torneio muito importante, que dá 400 pontos ao vencedor. Terá como rivais os brasileiros e algumas exceções como Paula Pareto (Argentina), Yuri Alvear (Colômbia) e Lenin Preciado (Equador).

Por enquanto, o ranking aponta para classificações de Ortiz, Asley, Armenteros, Daiaris Mestre e boas possiblidades para Maricet e Alexis Garcia. Apenas seis judocas em um total de 14. Pouco para o valor do judô cubano.


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