Robeisy Ramírez, o problemático garoto de ouro, volta aos Domadores
Menon
Aos 21 anos, Robeisy Ramírez é apontado como o único boxeados cubano capaz de alcançaras mesmas glórias de Félix Savón e Teófilo Stevenson, tricampeões olímpicos. Ele é o atual campeão olímpico dos 52 quilos. Venceu ainda o Pan de Guadalajara em 2011, a Olimpiada da Juventude de 2010 em Singapura e o Mundial Júnior de Baku, também em 2010.
Se o currículo aponta para o sonho, as constantes indisciplinas são sinônimo de pesadelo. Para o bem ou para o mal, ele está de volta aos Domadores de Cuba, que enfrentam dias 21 e 22 de maio, em Havana, os Guerreros de México em busca de uma vaga na final na V Liga Mundial de Boxe. Atualmente, ele luta nos 56 quilos.
A participação de Ramírez nas duas últimas edições da Liga foram brilhantes. Como um vagalume, não como um farol. Nas duas vezes, ele venceu as duas primeiras lutas e depois foi suspenso por indisciplina. Temos um padrão?
A justificativa é sempre a mesma: faltas constantes aos treinamentos. Por isso, ficou fora de novembro de 2013 a junho de 2014. Reintegrado à seleção, em novembro, ganhou os Jogos Centro Americanos e do Caribe. Em fevereiro, foi suspenso novamente. Sua última luta foi uma vitória contra Bahktovar Nazirov, da Rússia.
Se sua técnica apurada faz falta, os resultados, não. Andy Cruz (foto acima), de 19 anos, seu substituto, ganhou as cinco lutas que disputou. Com duas lutas a menos que os rivais de outros países, não conseguiu a vaga olímpica, destinada aos dois melhores do ranking. Foi quarto.
Cruz tem a vaga para o Pan. Ramírez deve ir ao Mundial de agosto em busca de uma vaga para o Rio-16. Se conseguir, pode tentar transformar as expectativas em realidade. Se perder, o caminho de Cruz estará aberto.