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Judô poderia ter equipe completa no Rio. Mas falta de grana impede
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Menon

A judoca Onix Cortés conquistou a medalha de bronze no último mundial de judô, no ano passado. Em qualquer outro país do mundo estaria tranquila, treinando muito e se preparando para grandes eventos preparatórios.

Onix Cortés

Onix Cortés

Para uma cubana, não. A falta de dinheiro traz problemas, como disse Onix ao jornal Trabajadores. “Minha meta inicial é conseguir uma vaga para a Olimpíada, mas não é fácil porque há mais de 20 torneios que garantem pontos e nós participamos da metade no máximo. Se der certo, quero conquistar uma medalha”.

A falta de participação internacional – decorrente de eternos problemas financeiros – prejudica os judocas cubanos e faz com que as chaves olímpicas tragam surpresas. Como estão em poucos torneios, classificam-se em má posição. E, logo no início da competição enfrentam atletas muito bem colocadas. Ruim para os dois lados. pois é normal um atleta com menos capacidade técnica estar mais bem colocado do que um judoca cubano.

O judô cubano tem 35 medalhas olímpicas – 6 de ouro, 13 de prata e 16 de bronze – e, por isso consegue ajuda da Federação Internacional de Judô e de países como França e Brasil. A FIJ permitiu a realização, no ano passado, de um Grand Prix em Havana, que garantiu muitos pontos a judocas cubanos, que lutaram em casa. Geralmente são convidados pela França para períodos de treinamento e judocas cubanas participam do campeonato brasileiro por equipes.

A classificação para o Rio se encerra em 30 de maio de 2016. Os pontos conquistados nos últimos 12 meses contam 100%. De um a dois anos, contam 50%. E acima de dois anos, não são computados.

Os torneios são dos seguinte tipo: Open Continental (100 pontos para o campeão), Grand Prix (300), Challenger Continental (400), Grand Slam (500), Mundial (900) e Olimpíada (1000).

Estão classificados os 22 homens e as 14 mulheres  mais bem classificados no ranking. Cada país só pode classificar um atletas. Se houver mais de um, a confederação nacional escolhe. Não precisa escolher quem foi melhor.

Depois das eliminações – e como rodam japoneses – há a classificação por cotas regionais. A zona pan-americna tem direito a 13 convites para homens e oito para mulheres. Mas há restrições. Para cada peso, só se pode classificar um de cada país. E dois por continente. São restrições que tornam mais variada a presença de atletas na Olimpíada.

Atualmente, a classifação dos cubanos é a seguinte:

MULHERES:

48 QUILOS

7- Célia Laborde, que deixou Cuba

23 – Daiarys Mestre

52 QUILOS

7 – Yanet Bermoy

57 QUILOS

33 – Aliuska Ojeda

63 QUILOS

14 – Maricet Espinoza

70 QUILOS

18 – Onix Córtes

78 QUILOS

20 – Yelennis Castillo

ACIMA 78 QUILOS

1 – Idalis Ortiz

HOMENS

60 QUILOS

50 – Javier Pena

66 QUILOS

61 – Gilberto Solar

73 QUILOS

29 – Magdiel Estrada

81 QUILOS

52 – Ivan Silva

90 QUILOS

10 – Asley Gonzáles

100 QUILOS

12 – José Armenteros

ACIMA DE 100 QUILOS

17 – Oscar Brayson (se aposentou). Não há outro com pontuação.

Na luta pela classificação, os treinadores cubanos não se limitam às técnicas e táticas do judô. Precisam fazer contas. Quem deve viajar, aquele que já tem vaga e ganha ritmo de competição ou quem ainda não tem vaga. O dinheiro não dá para os dois.

E se alguém está na corda bamba, quase classificado e quase fora. Olho em seus concorrentes. Se ele se inscreveu, vamos também.

Assim,, é muito difícil montar uma equipe completa, com sete homens e sete mulheres. Em Londres-12, Cuba ganhou medalha de ouro com Idalis Ortiz e prata com Asley Gonzalez e Yanet Bermoy

 


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