Cuba Sem Barreiras

Arquivo : outubro 2015

Manrique, prata e história para Cuba
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Menon

manriqueO ginasta Manrique Larduet escreveu seu nome na história do esporte cubano ao conseguir medalha de prata na prova individual geral no campeonato mundial de Glasgow. Ele conseguiu 90,698 pontos e foi superado apenas pelo japonês Kohei Uchimura, que conseguiu 92,332.

O currículo de Uchimura  serve para valorizar ainda mais a prata de Larduet. O japonês conseguiu sua 18ª medalha em Mundias – a sexta seguida de ouro – e é o atual campeão olímpico.

A competição mostrou uma ascensão constante do cubano. Na fase classificatória ele havia rompido pela primeira vez a barreira dos 88 pontos e, com 88,656 se classificou em sétimo lugar. Para chegar a uma medalha, precisava melhorar muito.

E ele melhorou sua nota em cinco dos seis aparelhos. A primeira surpresa veio no cavalo com alças, seu aparelho mais fraco. Na eliminatória, pela primeira vez alcançou 14 pontos. E agora, chegou a 14,300 pontos, a 13ª nota entre os 24 participantes.

Em seguida, foi segundo colocado em argolas, com 15,232 e 15,433 respectivamente. A nota no salto foi importante, pois é um dos seus pontos mais fortes e em que havia falhado na eliminatória, marcando apenas 13,833 pontos.

Terminou a primeira parte dos exercícios em quinto lugar. Então, foi quarto nas paralelas, com 15,733 pontos e primeiro na barra fixa, com 15,333. Assim, chegou ao segundo lugar, pois o inglês Max Wahlock, que era o segundo, caiu.

O último exercício foi o solo e Manrique resguardou-se, contentando-se em não cometer erros. Fez 14,666 pontos. bem menos que os 15,166 da eliminatória. Ficou em 13º, o suficiente para garantir o segundo lugar.

A prata de Manrique supera os dois quintos lugares conseguidos por Erick López nas edições de 2001 e 2003. López, dono de 18 medalhas pan-americanas começa a ser superado pelo novo astro.

Manrique tem ainda três outras chances. No sábado, dia 31, disputará a final do solo. E, no domingo, estará nas paralelas e na barra fixa. As últimas medalhas de Cuba nessas modalidades vieram com López (prata nas paralelas) em 2001 e Charles León (bronze no salto), também em 2001, na Bélgica.

Com 19 anos e em plena ascensão, Manrique tem grandes possibilidades na Olimpíada do ano que vem


Cuba, campeã do mundo. Após dez anos
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Menon

Cuba está feliz. Depois de dez anos, é novamente campeã mundial de boxe. Um título que veio por antecipação, quando ainda falta a segunda rodada de finais, com cinco lutas e a participação de três cubanos.

Arlen López, à direita, garantiu o título a Cuba

Arlen López, à direita, garantiu o título a Cuba

Por enquanto, bastaram os dois títulos na primeira rodada de finais, com Yoahnis Argilagos e Arlen López. O garoto Yoahnis Argilagos, de 18 anos, que havia ganho na categoria cadete há dois anos, repetiu a dose. Derrotou por 3 a 0 (29, 28, 29-28, 29-28) ao russo Vasili Egorov, com um jogo baseado em defesa e rápidos contra-ataques.

Argilagos venceu os dois primeiros assaltos e foi derrotado no último pelo atual campeão europeu. Prata no Pan de Toronto, é uma grande esperança do boxe cubano. Mas não se esperava um título tão cedo.

Foi o quinto título cubano na categoria minimosca. A última conquista havia sido em Belfast-2001 com Yan Barthelemí, que deixou a Ilha em 2007. Em 2013, Yosbany Veitía foi bonze na categoria.

A segunda conquista cubana veio com Arlen López nos 75 quilos. Campeão do Pan em Toronto, ele derrotou o uzbeque Bektemir Melijuziev, prata no campeonato da Ásia. López, que foi campeão mundial cadete em 2009, ganhou por 3 a 0.

A última conquista cubana na categoria foi em Berlim-95, com Ariel Hernández. Emílio Correa foi bronze em Myianiang-2005.

A luta que encerrou a rodada trouxe uma decepção. Erislandy Savón, um dos ídolos da Ilha perdeu para o russo Evgeny Tischenko, prata no útimo mundial. Muito mais alto, o russo foi bem melhor nos dois primeiros assaltos e a reação de Savón no último mostrou-se insuficiente.

Erislandy não conseguiu repetir os feitos de seu tio, Félix, dono de seis títulos entre 1986 e 1997. O último ouro cubano nesta categoria foi com Odlaniel Solis, em 2003. Osmay Acosta foi prata em 2009.

Os resultados:

49: Joahnys Argilagos (CUB) 3-0 (29-28, 29-28, 29-28) a Vasili Egorov (RUS)

56: Michael Conlan (IRL) 3-0 (29-28, 29-28, 30-27) a Murodjon Akhmadaliev (UZB)

64: Vitaly Dunaysev (RUS) 2-1 (29-28, 29-28, 27-30) a Fazliddin Gaibnazarov (UZB)

75: Arlen López (CUB) 3-0 (30-27, 30-27, 30-27) a Bektemir Melikuziev (UZB)

91: Evgeny Tischenko (RUS) 3-0 (30-27, 29-28, 29-28) a Erislandy Savón (CUB)

A última rodada

52: Yosbany Veitía (CUB) vs. Elvin Mamishada (AZE)

60: Lázaro Álvarez (CUB) vs. Albert Selimov (AZE)

69: Daniyar Yeleussinov (KAZ) vs. Mohammed Rabbii (MAR)

81: Joseph Ward (IRL) vs. Julio César La Cruz (CUB)

+91: Ivan Dychko (UKR) vs. Tony Yoka (FRA)

Alvarez e La Cruz vão buscar seu terceiro título seguido. Mesmo se  perder todas as lutas, Cuba terminará com 2 ouros e 4 pratas. Rússia tem 2 ouros e uma prata. E o Azerbaijão, se ganhar suas duas lutas chegará a dois ouros, sem prata.

Com a vitória de Argilados, Cuba conseguiu seis bilhetes olímpicos. Os últimos quatro serão buscados no Pré Olimpico das América. Os candidatos são Andy Cruz (56), Roniel Iglesias, atual campeão olímpico, (69), Erislandy Savón (91) e Leinier Peró (acima de 91).


Cuba perto do título mundial de boxe, após dez anos
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Menon

Cuba conseguiu levar seis boxe pugilistas às finais do campeonato mundial de boxe de Doha, no Catar. São dez categorias e a seleção cubana é a que tem mais opções, seguida de Rússia e Uzbequistão, ambas com três..

A Ilha ficou próxima de reconquistar o título mundial, que venceu pela última vez em 2005. Na última edição, há dois anos, os cubanos chegaram a quatro finais. Ganharam duas e ainda conseguiram um bronze.

As finais começam na quarta-feira, dia 14, nas categorias 49, 56, 64, 75 e 91 quilos. Na quinta, dia 15, serão realizadas as finais de 52, 60, 69, 81 e acima de 91 quilos.

argilagos18O primeiro cubano a tentar o título será o mais novo integrante da armada. Joahnis Argilagos, ex-campeão mundial cadete, fez sua primeira luta em janeiro, após completar 18 anos.Teve bom desempenho na WSB, com seis vitórias e três derrotas, foi prata no Pan e também na eliminatória das Américas.

No mundial, surpreendeu com três vitórias, que o levaram à disputa do ouro contra o russo Egorov, muito mais experiente. Mesmo que perca, Argilagos conseguiu o sexto bilhete olímpico para Cuba.

O sétimo pode vir da luta entre Erislandy Savón e o russo Tishcenko. Apenas o vencedor se garante na Olimpíada e Savón é o favorito.

Arlen Lopez, que já tem o bilhete carimbado, disputará o título dos 75 quilos contra Melikusiev, do Uzbequistão. As outras finais de quarta-feira serão entre Michael Conlan, da Irlanda, e Akhmadaliev, do Uzbequistão, nos 56 quilos, e Dunaytsev, da Rússia, e Gaibnazarov, do Uzbequistão, nos 64 quilos.

Como Rússia e Uzbequistão se enfrentam, apenas um dos dois poderá alcançar três títulos. Então, uma boa atuação hoje já pode garantir o título a Cuba. Os três confrontos são diretos. Se vencê-los, já será campeã.

Na quinta-feira, Cuba terá mais três opções. Duas delas, muito fortes. Lázaro Alvares (60 quilos) e Julio Cesar La Cruz (81 quilos) tentarão seu terceiro título seguido. E Yosbani Veitia, nos 52 quilos, tentará o primeiro, depois de ser bronze há dois anos. Eles enfrentarão, respectivamente, a Selimov (Azerbaijão), Ward (Irlanda) e Mamishzada (Azerbaijão). As outras finais serão nos 69 quilos (Yeleussinov, do Casaquistão, e Mohammed Rabii, do Marrocos) e acima de 91 quilos, entre o francês Tony Yoka e Ivan Dychko, do Casaquistão.


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