Cuba Sem Barreiras

Arquivo : janeiro 2016

Domadores fazem 5-0 na Turquia
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Menon

Um gancho de esquerda nas costelas. Nocaute técnico no primeiro assalto. toiracAssim, Yoandri Toirac (acima de 91 quilos) derrotou Bahram Muzaffer e selou a vitória dos Domadores de Cuba por 5 a 0 sobre os Conquistadores da Turquia, na estreia da equipe cubana na sexta temporada da World Series Boxing.

Toirac (foto)foi uma das novidades da equipe, em relação ao ano passado, que teve Leinier Peró como principal homem. Ainda há dúvidas sobre qual deles será escolhido para tentar, no Pre Olimpico das Américas, em março, conquistar a vaga para a Olimpíada.

Outra novidade foi Frank Zaldivar, dos 52 quilos. Com 19 anos, é vice-campeão cubano e assumiu o posto para dar um descanso a Yosvani Veitia, vice-campeão mundial e já classificado para o Rio-16. Ele, que tem apenas uma luta na WSB, venceu Ferhat Pehlivan, por 3 x 0 (50X45 e duplo 50×44).

Se havia alguma dúvida sobre Zaldivar, toda a certeza do mundo estava sobre a vitória de Lazaro Alvares, tricampeão mundial. Na categoria 60 quilos, ele derrotou Yasin Yilmaz, com os mesmos números de Zaldivar.

O terceiro cubano a lutar foi Roniel Iglesias (69 quilos ), atual campeão olímpico, mas que não teve um bom 2015. Ele ainda não tem vaga garantida no Rio-16 e a vitória por 3 a 0 (triplo 50×45) sobre Serhat Gulerfoi um bom treino.

E chegou a hora do show. Julio Cesar La Cruz (81 quilos), tricampeão mundial, mostrou todo seu arsenal de esquivas e contra-ataque para vencer com muita vantagem: 3×0 (duplo 50×45 e 50×42) a Mehmet Nadir Unal.

A próxima participação dos Domadores será dia 13 de fevereiro, em Pequim, contra os Dragões. As lutas serão nas categorias 49, 56, 64, 75 e 91 quilos

 


Judô tem dois ouros, uma prata, dois bronzes e interrogações
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Menon

asley-08-580x430O resultado do GP de Havana foi bom para Cuba. Idalis Ortiz (>78) e Asley Gonzales (90) quilos (foto) ficaram com medalha de ouro. Maricet Espinoza (63) foi prata e os bronzes ficaram com Daiaris Mestre (48) e Alexis Garcia (acima de 100 quilos).

À primeira vista, ótimos resultados. Cuba ficou em segundo lugar, superada apenas pela Rússia, que conseguiu três ouros. Mas uma segunda visão deixa a festa menos completa. E tem a ver com falta de dinheiro

O judô cubano viaja pouco. Tem pouca participação nas competições internacionais. O que deixa os judocas subavaliados no ranking. E 2016 é ano de Olimpíada. A classificação direta é para as 14 judocas mais bem classificadas e para os 22 homens mais bem classificadas. O restante das vagas fica por conta das cotas continentais. Cada país tem direito a duas.

Neste contexto, o GP de Havana seria fundamental para a melhora de pontos, para que judocas conseguissem subir no ranking.

Mas quem ganhou foi quem já estava com vaga garantida. O título servirá para que Ortiz, campeã olímpica e bimundia, e Asley, prata olímpica e campeão mundial, consigam um chaveamento melhor na Olimpíada, mas não ajudou muito quem precisava. Magdiel Estrada, Ivan Silva, Onix Cortes ganharam pouco ou nada. Yandri Torres viu suas esperanças terminarem antes mesmo do início das lutas. Seu irmão gêmeo morreu no dia da sua luta e ele ficou ausente.

Armenteros, que também está bem colocado, foi muito mal.

Quem ganhou pontos importantes?

Maricet Espinoza ficou com 18o a mais e se aproximou da linha de corte. Daiaris Mestre, com 120, entrou no ranking e abre vaga para algum colega entrar pelas cotas. Alexis Garcia, com 60 pontos, conseguiu sua primeira conquista em competições internacionais. É uma revelação que teve suas esperanças renovadas.

Em abril, Cuba será sede do Pan Americano de Judô. Um torneio muito importante, que dá 400 pontos ao vencedor. Terá como rivais os brasileiros e algumas exceções como Paula Pareto (Argentina), Yuri Alvear (Colômbia) e Lenin Preciado (Equador).

Por enquanto, o ranking aponta para classificações de Ortiz, Asley, Armenteros, Daiaris Mestre e boas possiblidades para Maricet e Alexis Garcia. Apenas seis judocas em um total de 14. Pouco para o valor do judô cubano.


Cuba “aberta ao mundo” garante vaga no Rio-16
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Menon

Depois de 16 anos – foi apenas sétimo em Sydney-2000 – o vôlei masculino de Cuba voltará a disputar os Jogos Olímpicos. A vaga foi conquistada com uma vitória por 3 a 0 (25/15, 25/21 e 25/21) sobre o Canadá, na final do Pré Olimpíco da Norceca, que contou ainda com México e Porto Rico, também vencidos por Cuba por 3 a 0.

cuba-boletoA vitória é reflexo do recente processo de flexibilização do esporte cubano. Cansado de deserções, os dirigentes agora incentivam que jogadores se transfiram para ligas estrangeiras. As transações são feitas diretamente com as federações cubanas, que ficam com 10% dos valores acordados. Há uma cláusula que garante a presença dos atletas quando a seleção precisar.

Os destaques da jovem seleção cubana – apenas quatro atletas têm mais de 23 anos – atuam fora do país. Rolando Cepeda e Javier Jimenez estão na Grécia, Osma Uriarte na Turquia e Livan Osoria na Argentina. Não são ligas particularmente fortes, mas são muito mais competitivas do que o campeonato nacional cubano, com quatro equipes.

cubaboleto2Rolando Cepeda, de 26 anos, foi o capitão e condutor da seleção cubana. Marcou 21 pontos – cinco aces – na última partida e foi considerado o MVP da competição. Foi ainda o melhor atacante, o melhor oposto e o melhor serviço.

Ricardo Calvo, de 18 anos, foi eleito o melhor levantador, Uriarte foi o segundo melhor atacante e Osoria o segundo melhor bloqueador.

Além de Cuba, estão classificados Brasil, Argentina, Estados Unidos, Itália e Russia. O time cubano não tem esperanças de medalha, mas pode surpreender alguns favoritos. Teria ilusões muito maiores caso o projeto de “flexibilização” não fosse tão recente. Há jogadores de altíssimo nível espalhados pelo mundo, como Wilfredo Léon, Robertland Simon, Yoandri Leal, Osmani Juantorena…

A classificação foi um tipo de bálsamo para Gilberto Herrera, um dos treinadores ao lado de Rodolfo Sánchez, ex-jogador dos tempos melhores do vôlei cubano.

Herrera era o técnico da seleção cubana que venceu a Copa dos Campeões em 2001. Seis meses depois, a seleção estava na Bélgica para alguns amistosos quando seis jogadores – Ihosvany Hernandez, Angel Dennis, Lionel Marshall, Ramon Gato, Yasser Romero e Jorge Luis Hernandez – deixaram a concentração e abandonaram a seleção.

O treinador ficou sem time e depois sem emprego. Foi trabalhar em clubes da Espanha e na seleção da Venezuela. Agora, voltou. Cuba está novamente na Olimpíada e com menos perigo de deserções que fazem o recomeço ser uma constante no voleibol da Ilha

 


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