Cuba Sem Barreiras

O que o Pan trouxe de bom para Cuba: Yarisley, Yorgelis, Pichardo, Alba…

Menon

yorgelisA debacle foi grande e indiscutível. As 58 medalhas de ouro de Guadalajara restringiram-se a 36 em Toronto. O segundo lugar histórico agora é apenas um quarto. Cuba precisa enfrentar suas dificuldades históricas para reagir. Deserções, falta de dinheiro para participar de competições internacionais, falta de horizontalidade etc. Mas houve coisa boa também.

A começar pelo atletismo. Como, se em Guadalajara foram 11 de ouro e agora, apenas cinco. Primeiramente, é preciso ver que o nível subiu muito. Tanto que os EUA ganharam o atletismo com 11 de ouro. Aquelas 18 foram um ponto fora da curva, mesmo. Basta ver que Roberto Skiers, foi ouro nos 200 m, com 20s66 e agora, foi quarto com ótimos 20s02. Ou seja, o cara melhorou muito e caiu para fora do pódio.

As 18 medalhas de ouro viraram fumaça na Olimpíada do ano seguinte. Cuba ganhou apenas uma medalha de prata. As cinco de agora demonstram muito mais força. Há três cartas fortes para se disputar a Olimpíada do ano que vem.

Yarisley Silva ganhou prata em Londres, com 4,70m. Agora, ganhou o Pan com 4,85m. Ela, Fabiana, Jeniffer Suhr, a grega Nikoleta Kyriakopoúlou e Yelena Isinbaieva podem sonhar com o ouro olímpico. Denia Caballero tem a melhor marca do ano no disco e Pichardo disputa com Christian Taylor, dos EUA, o topo do salto triplo.

Além dos três consistentes astros, Cuba ganhou a Maratona masculina e o heptatlo feminino. Yorgelis Rodríguez (foto no alto)conseguiu 6332 pontos, quebrando um recordo que vinha desde 1995. Foi o melhor resultado de sua vida. Em 2012, foi campeã mundial junior com 5966 pontos e em 2014, foi vice-campeã mundial júnior com 6006 pontos. É uma atleta de 20 anos, em ascensão.

O revezamento 4x400m fez o terceiro melhor tempo da história cubana e ficou com a prata. O feminino quebrou o recorde nacional. Pena que na semifinal. Na final, não repetiu e ficou em quarto. São opções para se chegar a uma final olímpica.

Outras atletas como Saili Viart mostraram grande ascensão. Ela arremessou 17,50m, o melhor de sua vida. Há um ano, o Mundial Júnior, sua marca foi de 15m,62. O futuro está aí.

Rafael Alba

Rafael Alba

O taekwondo conseguiu cinco medalhas com sete participantes. Três delas, de ouro, com Yania Aguirre, Jose Cobas e Rafael Alba, que é o grande nome para Rio-16. Campeão mundial em 2015, bronze mundial em 2015, o gigante de 2m02 é temido por suas patadas, geralmente buscando a cabeça dos rivais.

Angel Fournier, outro gigante, só que do remo, tem 1m98 e boas possibilidades no Rio. Já foi medalhista mundial e está em ótima fase.

O boxe tinha dez boxeadores. Conseguiu seis medalhas de ouro e quatro de prata. Mostrou a revelação Andy Cruz, de 19 anos, que se credencia como substituto de Robeisy Ramírez, campeão olímpico em Londres e sempre envolvido em questões disciplinares. Erislandy Savón (91 quilos), Lazaro Alvarez (60 quilos) e Julio Cesar de La Cruz (81 quilos) são as melhores opções para o Mundial de agosto e a Olimpíada.

Marcia videaux

Marcia videaux

Outra grande notícia foi o ressurgimento da ginástica olímpica. Não ganhava nada desde 2003 e conseguiu dois ouros, duas pratas e um bronze. Marcia Videaux ficou com um ouro e todas as outras conquistas vieram com a revelação Manrique Larduet. Ele pode sonhar com o pódio no Rio.

 



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