Melissa Vargas, menina de ouro, troca Cuba pela República Tcheca
Menon
Melissa Vargas, de 15 anos, é a grande jogadora da atualidade. A maior – talvez única – esperança de ressurgimento do vôlei cubano. A partir de outubro, ela deixará a Ilha e disputará campeonatos a Europa, defendendo o Prostejovský volejbal, da República Tcheca. Como é menor de idade, viajará com a mãe. Com ela, irá Sulian Matienzo, de 20 anos, também da seleção principal.
''É um passo a mais para resgatarmos a qualidade do nosso vôlei'' disse Ariel Saínz, presidente da federação.
Na verdade, é uma tentativa de Cuba de enfrentar deserções de jogadores que buscam
grandes salários fora do país. Nos últimos anos, 82 jogadores deixaram Cuba. O resultado é que as seleções masculina e feminina estão muito frágeis. É quase impossível pensar em uma classificação para a Olimpíada do Rio. A seleção feminina terminou sua passagem pela Copa do Mundo, em oitavo lugar, com 4 vitórias e sete derrotas, empatada com a Argentina. China e Sérvia, as duas primeiras, conseguiram o bilhete olímpico.
Melissa esteve no Japão, mas não participou de nenhum jogo. Seu ombro não aguentou a sucessão de competições – ela joga na seleção principal, sub-23, sub-21 e sub-18) e a viagem ao Japão serviu apenas para tratamento com especialistas japoneses.
E como a federação está enfrentando as deserções?.
1) Ela mesmo cuida das transferências e dos contratos. Fica claro que os jogadores voltarão à Ilha para disputar grandes competições.
2) O jogador fica com 90% do valor do contrato. O restante fica com os dirigentes, para comprarem bolas, redes e outros implementos.
Além de Melissa e Sulian, outros três jogadores atuarão na Europa.
Javier Jimenez fará sua segunda temporada no Paok, da Grécia, tendo agora a companhia de Rolando Cepeda. E Osmany Uriarte atuará no Maliyve Milli Payado Spor Kulubu da Turquia. Ele foi o grande destaque da seleção sub-23, que ficou em quarto lugar no mundial da categoria.
A ideia é que esses jogadores possam desenvolver seu potencial atuando em ligas fortes. O time de Sulian e Mellisa disputa o campeonato europeu. É uma aposta para 2020, pois a federação não se mostra disposta a convocar jogadores dispersos pelo mundo para uma desesperada tentativa de chegar à Olimpíada do Rio.
A abertura não se restringe ao vôlei. Três jogadores de basquete, que disputaram a Copa América, se transferiram, com a bênção dos dirigentes, para a América do Sul.
O clube Tabaré, do Uruguai, contará com Willian Granda (30 anos, 1m90) e Jasiel Rivero (foto) 21 anos, 2m00, enquanto o Estudiantes da Argentina, terá Javier justiz, de 22 anos e 2m10.
Cuba perdeu suas quatro partidas na Copa América. Os contratados tiveram a seguinte atuação:
Rivero – 29 minutos, 18,8 pontos, 6,5 rebotes e 0,5 assistência por jogo
Granda – 18 minutos, 3,5 pontos, 1,3 rebotes e 2,5 assistências por jogo
Justiz – 18,5 minutos, 7,5 pontos, 8,3 rebotes e 2.5 assistências por jogo
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