Cuba Sem Barreiras

Judô tem dois ouros, uma prata, dois bronzes e interrogações

Menon

asley-08-580x430O resultado do GP de Havana foi bom para Cuba. Idalis Ortiz (>78) e Asley Gonzales (90) quilos (foto) ficaram com medalha de ouro. Maricet Espinoza (63) foi prata e os bronzes ficaram com Daiaris Mestre (48) e Alexis Garcia (acima de 100 quilos).

À primeira vista, ótimos resultados. Cuba ficou em segundo lugar, superada apenas pela Rússia, que conseguiu três ouros. Mas uma segunda visão deixa a festa menos completa. E tem a ver com falta de dinheiro

O judô cubano viaja pouco. Tem pouca participação nas competições internacionais. O que deixa os judocas subavaliados no ranking. E 2016 é ano de Olimpíada. A classificação direta é para as 14 judocas mais bem classificadas e para os 22 homens mais bem classificadas. O restante das vagas fica por conta das cotas continentais. Cada país tem direito a duas.

Neste contexto, o GP de Havana seria fundamental para a melhora de pontos, para que judocas conseguissem subir no ranking.

Mas quem ganhou foi quem já estava com vaga garantida. O título servirá para que Ortiz, campeã olímpica e bimundia, e Asley, prata olímpica e campeão mundial, consigam um chaveamento melhor na Olimpíada, mas não ajudou muito quem precisava. Magdiel Estrada, Ivan Silva, Onix Cortes ganharam pouco ou nada. Yandri Torres viu suas esperanças terminarem antes mesmo do início das lutas. Seu irmão gêmeo morreu no dia da sua luta e ele ficou ausente.

Armenteros, que também está bem colocado, foi muito mal.

Quem ganhou pontos importantes?

Maricet Espinoza ficou com 18o a mais e se aproximou da linha de corte. Daiaris Mestre, com 120, entrou no ranking e abre vaga para algum colega entrar pelas cotas. Alexis Garcia, com 60 pontos, conseguiu sua primeira conquista em competições internacionais. É uma revelação que teve suas esperanças renovadas.

Em abril, Cuba será sede do Pan Americano de Judô. Um torneio muito importante, que dá 400 pontos ao vencedor. Terá como rivais os brasileiros e algumas exceções como Paula Pareto (Argentina), Yuri Alvear (Colômbia) e Lenin Preciado (Equador).

Por enquanto, o ranking aponta para classificações de Ortiz, Asley, Armenteros, Daiaris Mestre e boas possiblidades para Maricet e Alexis Garcia. Apenas seis judocas em um total de 14. Pouco para o valor do judô cubano.



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