Cuba Sem Barreiras

Pichardo roça os 18 metros, voa para Rio-16 e tira João do Pulo do top ten
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Menon

peraltaO triplista Pedro Pablo Pichardo Peralta, 21 anos,  teve um dia de glória em Havana, nesta sexta-feira. Saltou 17,94m e destroçou o antigo recorde nacional, pertencente a Yoelbis Quesada, com 17,85m desde 1997. Antes, ele havia saltado 17m34 e 17m52.

A marca o garantiu na Olimpíada do Rio-16. É o melhor registro do ano, exatamente um metro a mais que o norte-americano Will Claye,  e o sexto melhor da história. O melhor salto de todos os tempos é do inglês Jonathan Edwards, com 18m29.

João Carlos de Oliveira, com os 17m89 que venceu o Pan da Cidade do México, em 1975, deixa a lista dos dez mais. O lugar fica com Jadel Gregório, que saltou 17m90 em 2007.

Pichardo tinha como melhor marca os 17m76 que conseguiu no ano passado, também em Havana. Em 2913, ele foi medalha de prata no Mundial, com 17m68.

Nascido em Santiago de Cuba, Pichardo, de 1m85 e 75 kg, tem o estilo dos norte-americanos. A velocidade é sua maior arma. A intenção é conseguir um primeiro salto de excelência, com mais de 6m40.

A competição interna entre os cubanos garantiu ainda duas lançadores de disco na Olimpíada. Denia Caballero, 24 anos, conseguiu 67m87, a melhor de sua vida, superior aos 64m89. No momento, é a segunda do planeta, atrás apenas da sérvia Sandra Perkovic. Yaime Pérez conseguiu 63m35 e também está no Rio.

Na semana passada, em Guadalupe, Yordan O'Farril havia conseguido a vaga para Rio-16  com 13s40 nos 100 m/c barreiras. Ele comprova a excelência de Cuba nessa prova. A Ilha ganhou ouro em 2000 com Anier Garcia e em 2008 com Dairon Robles. Atualmente Robles e Orlando Ortega, também cubano, estão entre os melhores do ano. Robles deve defender a Itália e Ortega a Espanha na Olimpíada.

 



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Domadores 90%, 5 vagas para Rio-16 e 10 para o Pan de Toronto
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domandoOs Domadores de Cuba terminaram a primeira fase da Liga Mundial de Boxe, com números e conquistas impressionantes.

1) Tiveram aproveitamento de 100%, com 14 vitórias em 14 encontros de cinco lutas cada

2) Tiveram aproveitamento de 90% nas lutas, com 63 vitórias e 7 derrotas.

3) Conseguiram 5 vagas para a Olimpíada do Rio, das 17 em disputa. As outras cinco serão buscadas no Mundial do segundo semestre ou nos torneios eliminatórias de 2015. Depois de duas Olimpíadas, será possível ter um time completo.

4) Conseguiram 10 vagas para o Pan-Americano de Toronto. A equipe já está completa e não precisará participar de torneios eliminatórios.

Os atletas com vaga olímpica são:

52 quilos – Yosbani Veitia, primeiro no ranking, com 7 vitórias em 7 lutas. No ano passado, quando estava nos 49 quilos, venceu suas oito lutas. Ele é campeão pan-americano e bronze no Mundial.

64 quilos – Yasniel Toledo, primeiro no ranking, com 6 vitórias em 6 lutas. Foi prata nos dois últimos Mundiais e bronze na Olimpíada de Londres

lazaromedalha60 quilos – Lázaro Alvarez, (foto) primeiro no ranking, com 7 vitórias em 7 lutas. Foi medalha de ouro nos dois últimos mundiais e bronze na Olimpíada de Londres

75 quilos – Arlen Lopwz, segundo no ranking, com 6 vitórias e uma derrota. Tem 22 anos e estreou esse ano na equipe principal.

81 quilos – Julio Cesar la Cruz, segundo no ranking, com 6 vitórias e uma derrota. Foi medalha de ouro nos dois últimos mundiais.

Erislandy Savón, dos 91 quilos, melhor pugilista cubano, com 7 vitórias em 7 lutas não conseguiu o bilhete olímpico. Ele teve o mesmo número de pontos de Levit Vassily, do Casaquistão. O regulamento dá 5 pontos para vitórias por 3 a 0 e 3 pontos para vitórias por 2 a 1. Levit ganhou 6 por 3 a 0 e uma por 2 a 1. Savón ganhou 6 por 5 a 0 e uma por WO do mexicano Daniel Paniágua. O regulamento premiou quem lutou mais para fazer o mesmo número de pontos. Savón possivelmente nocautearia Paniágua.

Os outros cubanos que conseguiram vaga no Pan foram:

49 quilos – Yoahnis Argilagos, quarto no ranking, com cinco vitórias e duas derrotas. Campeão mundial sub-17, completou 18 anos e estreou esse ano. Tem muito futuro.

56 quilos – Andy Cruz, quarto no ranking, com cinco vitórias. Substituiu o campeão olímpico Robeisis Ramirez, invicto nas duas primeiras lutas. Nas semifinais, Ramirez deve voltar.  Foi c

69 quilos – Roniel Iglesias, quinto no ranking, com 4 vitórias e duas derrotas. Iglesias é medalha de ouro na Olimpíada de Londres-12 e bronze na Olimpíada de Pequim-08. Foi campeão mundial em 2009. Foi a decepção da equipe, embora suas duas derrotas tenham sido para os primeiros do ranking.

Acima de 91 quilos – Leinier Peró foi terceiro no ranking, com 6 vitórias e uma derrota. Foi campeão no Pan de Guadalajara.

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NBA chega a Havana, com Steve Nash, Mutombo e Penicheiro
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Diplomatas cubanos e norte-americanos discutem acaloradamente como colocar em prática o estreitamento das relações entre os dois países, desejo expressado por Barack Obama e Raúl Castro. Enquanto as conversas se arrastam – ainda não definiram com exatidão o que são direitos humanos – fora dali há novidades.

nashA NBA chegará a Cuba. De 23 a 26 de abril, jovens jogadores e jogadores da Ilha terão clínicas com uma delegação que terá Steve Nash, um dos maiores armadores da história, como atração maior. Estarão também o ex-pivô Dikembe Mutombo, membro do Hall da Fama e os treinadores Quin Snyder, do Utah Jazz e James Borrego, do Orlando Magic.

A portuguesa Ticha Penicheiro, que foi eleita uma das 15 melhores jogadoras da história da WNBA também fará parte da delegação.

Ainda no próximo mês, a seleção cubana de futebol enfrentará o Cosmos, time do espanhol Raúl. E há tratativas para que equipes de basebol da MLB façam pré-temporada em Havana, enfrentando equipes locais.



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Garcia, rival de Cielo, é suspenso por um ano e fica fora da Olimpíada
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Pan American Games SwimmingHanser Garcia, o melhor nadador cubano dos últimos 20 anos, está fora da Olimpíada. Por reiteradas ações de indisciplina que afetam seu treinamento, ele foi suspenso por um ano, o que o deixa fora do ciclo olímpico.

O melhor tempo da vida de Garcia nos 100m livres, sua especialidade, foi 48s04 na Olimpíada de Londres, quando ficou em sétimo lugar. Seu maior feito foi a medalha de prata no Pan de Toronto-11, quando marcou 48s34 e secundo César Cielo. Sua última conquista foi nos Jogos Centro-americanos e do Caribe, quando venceu com 49s Foi tratado como herói por haver nadado pouco tempo após se recuperar de uma dengue.

A história de Hanser Garcia e surpreendente. Até os 21 anos ele era apenas o mais rápido jogador de polo aquático de Cuba. Então, foi convidado a participar da Copa Marcelo Salado, o campeonato nacional de Cuba. Quebrou o recorde do país e foi integrado à seleção nacional.

E começou a fazer história. Ainda em 2009, foi o primeiro cubano a nadar abaixo dos 50s, com 49s53. Em 2011, baixou dos 49s e em 2012, alimentou o sonho de baixar dos 48s. Em 2013, no Mundial de Xangai, foi 11º, com 48s4.

Sua carreira foi marcada por uma série de superações. Entre 2009 e 2012 melhorou sua marca de 52s62 para 48s04, algo impensável para quem é considerado um nadador sem técnica. Seu tempo de reação é ruim, o que faz com que seja sempre o último a cair na água. Tem dificuldades com a virada nos 50 metros, mas depois ganhava posições e velocidade de forma assustadora.

Sua preparação sempre era feita fora de Cuba, país que não tem piscina climatizada e nem mesmo um bloco de saída para os nadadores. Garcia e os treinadores, que sempre se deram bem, criaram um bloco alternativo, que o ajudou bastante.

Em 2012, após o sétimo lugar, eu o entrevistei, na Vila Olímpica de Londres. A matéria é a seguinte:

Hanser Garcia, o nadador cubano que surpreendeu a todos conseguindo um lugar na final dos 100m livres era atração na Vila Olímpica. Era muito parado por outros atletas e voluntários que o cumprimentavam. Ele falou comigo, com muita boa vontade, apeser de haver se irritado com a primeira pergunta.

Hanser, antes dessa prova era visto como um pobrezinho de um país pobre e agora está entre os melhores do mundo. Como analisa essa mudança de patamar?

Eu não sou um pobrezinho, não aceito isso. Eu sou um nadador como qualquer outro. Sempre me perguntam de onde você veio, como faz para treina, em qual país você vive e isso me deixa um pouco aborrecido. Sou um atleta como outro e que está muito orgulhoso com o que conseguiu.

Mas as condições de trabalho em Cuba são difíceis, não são?

Em Cuba, nós dizemos que com pouco temos de fazer muito. Com menos conseguimos mais. Esse é o meu trabalho. Podem achar que minha piscina é ruim, mas para mim ela é a melhor piscina porque é nela que eu treino. Vivo em Cuba, vou morrer em Cuba, não quero sair de Cuba e nem trocar de treinadores.

Pode dar um exemplo?

Nós não tínhamos blocos de saída modernos, eram antigos e isso atrapalhava. Então, em vez de reclamar, inventamos uns blocos. Blocos cubanos, entende? Se não tem o melhor, é bom viver com o que se tem.

Mas você treinou no Peru?

Mas isso foi para me adaptar à altura. Depois, fui para a Sérvia para treinar com outros nadadores da minha especialidade porque em Cuba eu sou o único e isso dificulta o trabalho. Estive um pouco em Bermudas também. Mas isso não tira de mim o fato de ser um atleta cubano.

Então, você é a favor do regime cubano?

De política, eu não falo. Eu gosto de nadar, não entendo de política. Mas sou um patriota, tenho muito orgulho de meu país.

Por que você não nadou os 50m?

Porque estou destroçado psicologicamente. Cheguei na final olímpica com o terceiro tempo e terminei em sétimo. Eu queria mais. Eu poderia conseguir mais.

Você está triste porque sua classificação piorou ou porque manteve o tempo de 48s04?

As duas coisas. Uma é consequência da outra. Na eliminatória, eu consegui 48s97 e na semi, consegui 48s04. Foi uma grande melhora. Isso mostra que eu poderia conseguir mais. E não consegui. Os primeiros 25 metros foram muito fortes e eu me senti preso, não foi possível arrancar com força. Isso me deixa triste, mas eu repito que sou finalista olímpico para me convencer que não foi mal.

Como você se analisa como nadador?

Tenho muito o que melhorar. Não tenho boa saida, não tenho boa técnica para fazer a volta para o segundos 50 metros. São coisas que preciso aprender. Mas eu só tenho tres anos de natação e essa é minha primeira olimpída. No último Mundial eu fui 18 e agora fui sétimo. No Rio, eu vou tentar fazer melhor.

O que você conhece do Brasil?

Nunca fui em seu país, que é muito lindo. Conheço Cielo, que é uma pessoa admirável. Conheço as novelas, alguma coisa de futebol e essa música que começa assim. “Nossa, assim você…”

Sem Garcia, as pequenas chances de medalha no Pan de Toronto, passam a ser inexistentes. Três nadadores estão classificados: Armando Barrera, 19 anos,  (100m e 200m costas), Elisbeth Gámez, 18 anos,  (200m livre) e Luiz Veja, 16 anos (400m medley). Além deles, foram conquistadas mais 17 marcas B, o que permitirá a presença de outros quatro nadadores.



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Cuba pode voltar aos esportes coletivos no Rio-16
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A Olimpíada de Londres-12 não viu nenhuma equipe cubana. Os esportes coletivos não conseguiram classificação. As possibilidades de mudança são boas para a Olimpíada do próximo ano.

As maiores possibilidades são para as mulheres do handebol e do basquete.

No handebol, a competência brasileira é a grande aliada de Cuba. Pela primeira vez, um país das Américas é campeão mundial e organizador da Olimpíada AO MESMO TEMPO. E a vaga está garantida. As outras dez vagas são definidas da seguinte maneira:

handebolcuba handebolcuba1) O campeão mundial – Caso o Brasil consiga o bicampeonato, o segundo colocado estará na Olimpíada. Mesmo assim, pouquíssimas chances para Cuba. Seria uma surpresa enorme. Não vai acontecer.

2) O campeão do Pan de Toronto – Novamente, o Brasil é o grande favorito. Caso confirme o título, a vaga fica para o segundo colocado.

E as chances cubanas são muito grandes. Como parâmetro, há um torneio realizado em Porto Rico na semana passada, reunindo países da América do Norte e do Caribe. Cuba foi campeã com facilidades, fazendo em média 31 gols marcados e 19 sofridos,  vencendo México (duas vezes) Porto Rico, Estados Unidos, Martinica e Groenlândia (sim, a Groenlândia disputa os torneios da América, exceção ao Pan).

3) Caso não consiga a vaga, ainda há um torneio pré-olímpico com quatro países, com duas vagas.

No basquete, o Brasil, por ser país-sede e os EUA, por serem campeões mundiais, estão garantidos. Então, há uma vaga para o vencedor da Copa América. E Cuba é a atual campeã, vencendo Brasil, Argentina e Canadá. As chances são boas.

Caso não consiga, as dificuldades serão maiores. Haverá cinco vagas em jogo no único torneio Pre Olímpico, que reunirá quatro países europeus, dois asiáticos, um da Oceania e um da África. Os campeões continentais não participam, já terão assegurados as vagas.

Outras possibilidades, menores, são no vôlei de praia. Cuba tem sido sede de torneios  e há uma dupla masculina e outra feminina disputando um lugar no ranking mundial, que classifica 15 parcerias. Como só se classificam duas por país, no máximo, as vagas ficam mais abertas. As duplas cubanas venceram os Jogos Centro-americanos e do Caribe do ano passado, contra os favoritos mexicanos. Enfim, estão na briga.

O vôlei de quadra, masculino e feminino, sofre muito com as deserções. No momento, o time masculino está melhor e tem algumas chances. O feminino, quase nenhuma.

Caso tudo dê certo, a briga por uma medalha é muito mais dura. E impossível de ser vencida.



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Domadores de Cuba vencem a 11ª seguida
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Os dragões chineses foram amansados na cidade de Sanya. Os Domadores de Cuba, como visitantes, conseguiram sua 11ª vitória seguida na V Liga Mundial de Boxe. Com os 5 a 0, chegou-se ao acumulado de 49 lutas vencidas e seis perdidas, com aproveitamento de 89%. O outro invicto é o Casaquistão, que está em grupo diferente.

A passagem para a semifinal é um fato ainda não concretizado oficialmente. Para ficar fora, os Domadores precisam perder seus três próximos confrontos, contra Guerreros do México, Corações de Leão Britânicos e Otomanos da Ucrânia, e a Rússia precisa vencer suas quatro próximas saídas.

O encontro mostrou a volta de Yasnier Toledo ao ringue. Depois de ser substituído por Kevin Brown na última saída, venceu facilmente a Tuoliaowutayi Sairike (50-42, 50-45 ey 50-45) e está na briga pelo bilhete olímpico que será dado aos dois primeiros deste peso.

Foi também a primeira vitória fora de casa de Yoahnis Argilagos, (foto) representante dos 49 quilos, que passou a ter 4 vitórias contra duas derrotas. Sua vítima, em combate muito duro (2 a 1), foi Junjun He.

Andy Cruz, nos 56 quilos, conseguiu sua quarta vitória seguida, derrotando Jianhao Diao. Cruz, que tomou o lugar do campeão olímpico Robeisys Ramíres, vencedor dos dois primeiros combates na categoria, está se firmando na seleção cubana.

Nos 75 quilos, Arlém López conseguiu sua quinta vitória – perdeu apenas uma vez – e está também quase garantindo sua passagem para o Rio. Ele foi muito superior a  Chao (50-45, 50-42 y 50-44) e a noite se completou com a esperada vitória de Erislandy Savón sobre Jin Guo, por triplo 50 x 45.

Savón, La Cruz (81) López, Toledo, Álvarez (60) e Veitia (52) podem conseguir a vaga olímpica. Cruz também tem chances. No dia dez de abril, em Havana, os Domadores enfrentarão os Guerreiros do México, nas categorias, 52, 60, 69, 81 e acima de 91 quilos.

 

argilagos



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Vôlei começa a reagir. Mas falta muito
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cuba-boletoCuba não competiu em esportes coletivos na última Olimpíada. Nenhuma equipe conseguiu a classificação. Para  Rio-16, as maiores chances são para o basquete feminino, que venceu a última Copa América, no Canadá, e as duplas de vôlei de praia que tem conseguidos bons resultados em campeonatos da Norceca, que reúne países das Américas do Norte, Central, além do Caribe.

E o vôlei de quadra, um dos esportes preferidos dos cubanos. Há boas novidades, mas a retomada – depois de tantas deserções – é lenta. Pela primeira vez nos últimos cinco anos, Cuba conseguiu a classificação para as categorias sub-18, sub-20 e sub-23, em ambas as categorias. São seis classificações.

E para por aí. A última classificação, no sub-18 veio na última semana com a Copa Pan-Americana, realizada em Havana. Cuba ficou em terceiro lugar, atrás de Argentina e República Dominicana. A alegria pela vaga foi dividida, pelos leitores dos sítios de esporte, com uma análise muito crítica. “Agora, ficamos atrás das dominicanas que ensinamos a jogar e das argentinas, que nunca tiveram força”, diz um deles.

A Copa Pan-Americana tinha oito países divididos em dois grupos de quatro. No Grupo A, estavam Argentina, República Dominicana, Peru e México, que já tinham vaga garantida. E havia uma vaga para o vencedor do Grupo B, que tinha Cuba, Porto Rico, Chile e Costa Rica. Cuba venceu todos os rivais, perdeu para Dominicana na semifinal e venceu Porto Rico, novamente, agora valendo o terceiro lugar.

Melissa-Vargas-01A seleção cubana não utilizou Melissa Vargas, sua revelação de 15 anos, que já disputa campeonatos pela equipe principal. Foi dado um descanso a ela, enquanto se busca alternativas para não depender de uma única atleta.

Fora da quadra também houve uma vitória. Havana será sede de um quadrangular com Porto Rico, Canadá e República Dominicana, de 5 a 7 de junho. Os dois melhores se classificam para Copa do Mundo do Japão, de 20 de agosto a 7 de setembro, que é simplesmente o primeiro torneio classificatório para a Olimpíada. A sede do torneio seria em Porto Rico, mas foi mudada para que se evitassem problemas com vistos de jogadoras cubanas, algo sempre complicado quando se lembra que Porto Rico é um estado associado aos EUA.

A Copa do Mundo abrigará dois países de cada continente e mais Estados Unidos, campeãs do mundo e Japão.

O vôlei masculino também terá seu quadrangular. Será em Detroit, contra EUA, Canadá e México. Também se classificam dois para a Copa do Mundo, no Japão, de 8 a 23 de setembro.

A seleção masculina foi campeão no ano passado do nível 3 da Liga. Agora está no Grupo C do nível dois, com Canadá, Bulgária e Argentina. O campeão desse grupo enfrentará o campeão dos Grupos D (República Tcheca, Franca, Japão e Coréia do Sul) e E (Bélgica, Finlandia, Holanda e  Portugal). Além dos três, a Bulgária participará do quadrangular final, em seu territorio, cujo campeão se classificará para a fase final da Liga, no Brasil, de 15 a 19 de julho. Caso a Bulgária vença o Grupo, algum país será convidado para completar o quadrangular. Não há regra definida.

O caminho é longo, mas alguns passos foram dados. Muito mais fácil seria com um acordo entre a federação cubana e seus ídolos, homens e mulheres, espalhados pelo mundo.



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Domadores derrotam Rússia e estão muito perto da semifinal
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Os Domadores de Cuba foram até Moscou, onde perderam no ano passado por 3 a 2, e conseguiram a décima vitória seguida na V Liga Mundial de Boxe. Com os 4 a 1, os Domadores chegaram a 44 lutas vencidas e apenas seis perdida, com aproveitamento de 88%.

Com a vitória, chegou-se a 30 pontos. A Russia, que tem uma saída a menos, tem 21. Como são as duas equipes mais fortes, esta quase garantido o primeiro lugar de Cuba. Para que isso não ocorra, teria de perder duas vezes diante de Dragões da China, Guerreros do México, Corações de Leão Britânicos e Otomanos da Ucrânia.

Quem se classifica em primeiro lugar garante vaga na semifinal. Os outros dois classificados saem dos cruzamentos dos segundos e terceiros colocados dos dois grupos.

A Liga Mundial garante vagas também para a Olimpíada do Rio. O campeão das categorias 49, 91 e acima de 91 quilos se garante. Além deles, os dois primeiros nas categorias 52, 56, 60, 64, 69, 75 e 81 quilos. Com as vitórias de ontem, Yosvaini Veita, Làzaro Alvares e Julio Cesar La Cruz carimbaram o passaporte.

Veitia ganhou sua quinta luta seguida nos 52 quilos, mantendo o ritmo do ano passado,

Veitia, invicto em 13 lutas

Veitia, invicto em 13 lutas

quando venceu suas oito lutas nos 49 quilos. Ganhou por 3 a 0 (50×43 e duplo 50×44) do estreante Ovik Oganissian. Álvarez teve um adversário muito duro em Artur Subkhankulov, que optou por uma luta franca, de muita troca. O cubano ganhou por 2 a 1 (47×48 e duplo 49×46). E Julio César La Cruz ganhou de Gamzat Galaziev por 3 a 0 (duplo 50×45 e 49×46).

O superpesado Leinier Peró, que pesou 99 quilos, lutou contra Maxin Babanin, pelo menos 20 quilos mais pesado. Na temporada passada, Babanin venceu Yoandri Toirac. Peró manteve a distância, bateu e saiu bastante e chegou um 3 a 0 com duplo 50×45 e 48×47.

A derrota veio através de Roniel Iglesias, campeão olímpico. Ele começou mal e reagiu bem, mas foi insuficiente para derrotar Radzhab Butaev. Perdeu por 3 a 0 com triplo 48×47. Na quinzena passada, Iglesias havia perdido para o marroquino Rabii, que lidera o ranking da categoria juntamente com Butaev. Iglesias buscará sua vaga para a Olimpíada em outras competições.

A Liga Mundial também garante aos três primeiros das Américas uma vaga para o Pan de Toronto. Todos os cubanos estão classificados. Bom para o Brasil que não precisará enfrenta-los em torneios classificatórios.

Na próxima semana, os Domadores vão até a China enfrentar os Dragões. As lutas serão nos pesos 49, 56, 64, 75 e 91 quilos, do astro Erislandy Savón. Há expectativa em duas escolhas. Nos 56 quilos, o novato Andy Cruz, que venceu suas três lutas será mantido ou o campeão olímpico Robisis Ramirez terá outra oportunidade?

O mesmo vale para os 64 quilos. Na última saída, o invicto Yasnier Toledo (quatro vitórias, deu vez a Kevin Brown, campeão mundial júmior em 3013, que estreou com vitória.

Se as mudanças se confirmarem, possivelmente estaremos vendo uma troca de guarda durante a competição. Ramirez e Toledo (bronze olímpico e duas vezes vice-mundial) eram titulares indiscutíveis.

 



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Julio Cesar la Cruz, um imperador contra a maldição
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O boxe cubano ganhou 34 medalhas de ouro em sua história olímpica. Nenhuma delas veio na categoria 81 quilos. É um feitiço a ser quebrado em 2016 por Julio Cesar La Cruz Peraza. Ele teve sua chance em Londres e foi derrotado pelo brasileiro Yamaguchi Falcão, por 18 a 15. Falcão, que havia perdido para La Cruz a decisão do Pan de Guadalajara, um ano antes, mudou de tática. Em vez de atacar, esperou. E ganhou nos contra-ataques.

Júlio César la Cruz é adepto do estilo bailarino

Júlio César la Cruz é adepto do estilo bailarino

La Cruz tem um estilo peculiar. Luta com a guarda sempre baixa. Os dois braços não cobrem o rosto e nem o peito. Ele se posta com o tronco adiantado, praticamente oferecendo o rosto para uma pancada que raramente recebe. Tem uma esquiva extraordinária.

Bicampeão mundial em 2011 e 2013, La Cruz perdeu sua última luta em março do ano passado, contra o russo Ivanov, pela Liga Mundial de Boxe. Foi sua única derrota e não foi a única notícia ruim. Foi atingido por um tiro em um baile em Camaguey, sua província e ficou um tempo sem lutar.

Em Cuba, está invicto há cinco anos. Tem um cartel muito grande, impensável para um lutador brasileiro, que compete bem menos. Aos 25 anos, é um dos expoentes dos Domadores de Cuba, que lideram a Liga Mundial de Boxe com nove vitórias em nove encontros. São 40 vitórias e cinco derrotas.

O próximo encontro será em Moscou, contra a Equipe Russa. La Cruz estará no ringue, uma vez mais. É uma competição importante, como o Mundial de Doha, no segundo semestre, mas toda a vontade de La Cruz é direcionada para a Olimpíada do Rio. ''A derrota para Falcão foi a mais dura de minha carreira. Aprendi muito com o erro e estou me preparando para ser campeão no Brasil'', disse ao site Cubasi.

E como vencer no Rio? A resposta surpreende pela simplicidade. ''Como sempre disse Alcides  Segarra, grande treinador cubano, a única maneira de se conseguir o ouro é manter-se invicto sempre''.

 



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Dedo em riste. E a campeã do mundo está fora da Olimpíada
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dedocubano

A taekondoca Glenhis Hernández, campeã mundial na categoria acima de 67 quilos está com a seleção cubana em Aguascalientes, no México. O time disputa a classificatória para o Pan de Toronto. Glenhis, não. A classificação seria muito fácil: vão para o Canadá as oito mais bem classificadas de sua categoria. Mas Glenhis está suspensa pela federação internacional por causa de um gesto obsceno feito nos Jogos Centro Americanos de do Caribe, em Veracruz, no México, em novembro.

Ela chegou a Veracruz sabendo que teria pela frente uma grande adversária, a mexicana Maria Espinoza, ídolo local por haver conquistado medalha de bronze na Olimpíada-08 e ouro em Londres-12.

glenhisComo todos antecipavam, a final foi entre as duas.  Foi uma luta muito estudada, com pouca ação e vitória da mexicana – que acendeu a pira olímpica – por 3 a 0. 0. Glenhis não gostou do resultado e mostrou seu desconforto com o gesto do dedo médio levantado.

A suspensão foi aplicada e Glenhis ficará fora das Olimpíadas do Rio em 2016: fora das competições nesse ano, ela não conseguirá se classificar pelo ranking mundial e também ficará fora do torneio qualificatório olímpico para as Américas. Sua participação, como torcedora, em Aguascalientes é uma tentativa de “humanizar” a atleta e mostrar seu comprometimento com o esporte. E, consequentemente, abrandar a punição.

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